quarta-feira, 7 de abril de 2010

Transportando cadáver como se vivo fosse

Fonte: Do G1, em São Paulo
Britânicas são acusadas de tentar 'contrabandear' cadáver em avião

Dupla fingiu que homem de 91 anos, de óculos e cadeira de rodas, dormia.
Elas tentavam voar com o corpo do parente até a Alemanha, diz a polícia.


Duas mulheres foram presas no aeroporto de Liverpool acusadas de tentar "contrabandear" o corpo de um parente morto em um voo para a Alemanha, segundo a polícia.
O caso ocorreu no sábado (3), segundo a polícia. A dupla afirmou aos funcionários do aeroporto britânico que o homem, de 91 anos, que estava em uma cadeira de rodas e usando óculos escuros, estava dormindo.
Mas a farsa acabou sendo descoberta antes do embarque, e as mulheres, de 41 e 66 anos, foram presas sob a acusação de não notificar uma morte.
A polícia também investiga a informação de que as mulheres transportaram o cadáver, de táxi, desde a casa delas, em Oldham, na Grande Manchester, em um trajeto de cerca de 60 quilômetro.
As suspeitas foram soltas após pagar fiança, com prazo até 1º de junho. O inquérito continua. O motivo da morte do homem ainda não foi determinado.

No Brasil em cidades de fronteira – principalmente aquelas seca, que é só cruzar a rua e esta no outro País - reza a lenda que tais situações são muito comuns de ocorrerem, tendo em vista a facilidade de travessia e princípalmente pela burocracia imposta para se fazer translado internacional, sem contar ainda as necessidades técnicas que normalmente não estão a disposição em algumas localidades.

Lembro que certa vez recebi na empresa um corpo oriundo de uma cidade que faz divisa com o Uruguai, onde o atestado foi feito pelo médico de um hospital brasileiro, mas que pelo contexto havia indícios que teria ocorrido no país visinho durante as compras. Seria necessário que este corpo fosse ao IML do Uruguai, se tivesse ocorrido naquele País, como o IML é regional e este que fica a mais de 300 km de distancia do local do óbito, devendo ser levado após os exames para Montevidéu, por questões de transportes aereos e  para após toda a documentação e autorizações de consulado, que levaria o processo não menos de 3 a 4 dias, para chegar ao local de sepultamento – São Paulo. Lembro que como o óbito ocorreu em solo brasileiro e sem necessidade de necropsia, em menos de 24 horas já estava sendo velado e o mais importante, a viúva estava ao lado do filho e demais familiares amparada e podendo homenageando seu marido, que descansava em paz.

Mesmo entendendo que a Lei deve ser cumprida, o que no caso da Inglaterra foi algo que não ocorreu e que é reprovavel, inclusive pelos riscos a salubridade pública, já no caso outro caso, sendo em área de fronteira, deveria haver certa tolerância quanto ao repatriamento, como se fosse uma zona de livre transito, desde que o país do falecido aceitasse, fosse notificado e que o transporte ocorresse de forma devida em veículo próprio para este fim, evitando que o falecido tivesse que ser colocado como se vivo estivesse, como normalmente ocorre, conforme contam alguns colegas destas regiões relatam.

Saúde e Paz



Paulo Coelho

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Caro Leitor, sua opinião é fundamental para o aprimoramento do nosso blog, sinta-se a vontade para opinar, sugereir, questionar, criticar e até mesmo elogiar. Participe...contribua.