sexta-feira, 25 de maio de 2012

Nova tecnologia torna possível dissecar cadáver virtualmente

24 de maio de 2012 10h58 atualizado às 13h28  Foto: Divulgação/BBC Brasil – terra.com.br
Equipamento tem o mesmo tamanho de uma mesa de operação normal, mas não envolve sangue nem bisturis


Uma tecnologia pode representar o futuro, tanto para o ensino de futuros médicos sobre anatomia quanto na preparação para operações reais. Há nove meses, o Imperial College e o Saint Mary's Hospital, de Londres, compraram em parceira uma mesa de operação touchscreen, que permite dissecar e reconstituir um "corpo humano" (como colocar órgãos de volta, reimplantar ossos, etc), tudo através de uma realidade virtual.

O equipamento é o primeiro do tipo na Europa e custou o equivalente a cerca de R$ 180 mil. Tem o mesmo comprimento e tamanho de uma mesa de operação normal. O "cadáver" que aparece na tela, apelidado Melanie, é um representação virtual criada a partir de uma combinação de gráficos e digitalizações reais do corpo humano.

Estudantes e cirurgiões podem interagir com o corpo, quer através do toque ou com um mouse tradicional. A pele pode ser removida para expor os órgãos internos, as áreas podem ser ampliadas para um estudo mais detalhado, e o software pode trabalhar com dados de pacientes reais. Não há sangue, não há necessidade de bisturi ou outros instrumentos médicos.

Atualmente as escolas de medicina e de saúde em geral, sofrem para falta de cadáveres humanos para treinar os futuros profissionais.

Alguns levantamentos feitos pelo nosso blog, foi possível perceber que as faculdades recebem em média menos de um cadáver por ano, o que significa que a matéria prima para aulas de anatomia principalmente, é disputado centímetro a centímetro pelo alunos.

Numa faculdade que tem curso de medicina, nutrição, fisioterapia, por exemplo, este cadáver deve ser dividido por mais de 120 alunos por semestre, o que inviabiliza o estudo pratico da matéria.

Há quem diga que faculdades como a Federal do Rio Grande do Sul, tem cadáveres com mais de 30 anos no laboratório de anatomia.

O tempo de utilização de cada cadáver pelas escolas é de no máximo cinco anos, mas em virtude da escassez estes passam a ser utilizado por muito mais tempo.

A qualidade dos exemplares conservados nestas unidades, também é um ponto a ser observado, pois, os métodos tradicionais utilizados imersão em tanques de formol, que queima o tecido enrijecendo músculos e pele, é outro fator que dificulta o aprendizado.
Exemplar antigo
Recentemente o Laboratório São Carlos, em consultoria a Faculdade Fátima de Caxias do Sul, preparou dois exemplares de corpos doados a esta instituição, que receberam preparação especial e que mostrou muito superior aos existentes nas escolas em geral.
Aparelho com órgãos e vísceras de cadaver com mais de 60 dias de óbito conservado em técnica e produtos do Labotório São Carlos
Desenvolvidos através de técnica exclusiva e produtos especiais pelo Laboratório São Carlos de Somatoconservação, os corpos mantém a aparência e a textura natural, possibilitando maior definição de tecidos e estruturas.
Corpos feminino com mais de 60 dias de óbito, preparado e conservado com técnica e produtos do Labotório São Carlos - imerso em conservante
Enquanto a tecnologia virtual apresentada não chegar no Brasil, esta possibilidade de utilização de corpos nos moldes que foram apresentados a Faculdade Fátima de Caxias do Sul, é a melhor alternativa, tendo em vista o custo beneficio.

As faculdades que quiserem maiores informações sobre a técnica, poderão fazer contato através deste blog.


O incentivo a doação de corpos para universidade também é um tema que passaremos a enfrentar aqui neste espaço com maior frequência.

O segmento funerário também sofre com esta escassez, uma vez que necessita ainda mais que as faculdades, que podem utilizar estes corpos por anos a fio, diferente do segmento funerário que necessita para realização de um curso de 60 horas, e próximo a 40 de pratica, cerca de vinte corpos, o que inviabiliza muitas vezes a existência de cursos práticos, o que através deste novo programa poderia permitir o estudo de algumas praticas sobre anatomia.

Vamos aguardar o futuro e a viabilidade econômica deste serviço.



Saúde e Paz


Paulo Coelho

      

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Museus realçam o serviço Fúnebre

Museus na Rússia e nos Estados Unidos reúnem artefatos do mundo fúnebre.


Este museu para a cultura funerária foi aberto na cidade de Novosibirsk na Rússia por um empresário local. A por volta de 10 mil exposições dedicadas às tradições funerárias do século 19 neste museu.

O Museu Nacional de História Funeral, dos Estados Unidos, que entre muitas outras atividades reúne exposição sobre a vida e a morte dos Papas.
Sob o nome de:
Celebrando as Vidas e Mortes dos Papas

Celebrando as Vidas e Mortes dos Papas inclui uma réplica em escala da cripta Papa João Paulo II, uma reprodução exata do caixão usado nos funerais de três Papas anterior, bem como réplicas de outras vestes papais pela alfaiataria que fez os paramentosdos últimos sete papas.

Os visitantes da exposição também será capaz de ver dois uniformes autênticos usados ​​por membros da Guarda Suíça (responsável pela segurança pessoal do Papa e da protecção do Vaticano), bem como a Popemobile real usado pelo Papa João Paulo II durante sua visita à Reino Unido em 1982.

Completam a exposição estão fotografias dos funerais de Pontífices diferentes fornecidos pelo Vaticano, juntamente com recriações exatas de itens colocados em seus caixões.

Um verdadeiro sentido de atender o funeral de um Papa

Medindo 5.000 metros quadrados, Celebrando as Vidas e Mortes dos Papas apresenta som premium e iluminação, cenas tridimensionais e de áudio e visual apresentações multimídia para fornecer os visitantes com um verdadeiro sentido de atender o funeral de um Papa. A exposição permite aos visitantes caminhar por suas várias secções, experimentando as várias fases de preparação para os serviços finais e enterro de um papa.

Celebrando as Vidas e Mortes dos Papas é um produto de três anos de intensa colaboração entre o Vaticano eo Museu Nacional de História Funeral. O museu também completaram uma expansão 10.500 metros quadrados de seu edifício existente para acomodar a exposição.

Pela riqueza de etnias, e miscigenação cultural, o Brasil poderia ter um grande acervo para contribuir na construção de um grande Museu.
Temos em Pelotas – RS, um dos últimos grandes centros de Pompa Fúnebre do Brasil, onde carruagens e cavalos brancos eram usados para os cortejos.
Os paramentos fúnebres eram levados em veículos enormes e especiais, tamanho eram os apetrechos que compunham a montagem dos velórios nos domicílios.
O prédio da Empresa de Pompas Fúnebres Moreira Lopes, por exemplo, na cidade de Pelotas-RS é um exemplo do que havia na época e seria um belo local para abrigar um museu.
Lanço a ideia, para os grandes empresários do segmento analisarem e quem sabe iniciar um processo a médio longo prazo.

Saúde e Paz
Paulo Coelho