domingo, 21 de novembro de 2010

CEMITÉRIOS - Problema frequante - SUPERLOTAÇÃO

19/11/2010 - N° 12101 Alerta - CLICK RBS

Medida antilotação


Com a superlotação, prefeitura prevê desocupar mil sepulturas abandonadas nos cemitérios públicos.

BLUMENAU - Para combater a falta de jazigos públicos nos cemitérios da cidade, a prefeitura coloca em ação a partir desta semana um processo de reurbanização dos três espaços da Rua Bahia, Rua Progresso e Rua João Pessoa que são mantidos pelo município. O processo começa com um chamado para que os responsáveis por mil túmulos abandonados compareçam à Central Funerária e apresentem documentos que comprovem o uso das sepulturas.
Se as pessoas chamadas não se apresentarem até o dia 21 de dezembro, os jazigos serão esvaziados e os restos mortais serão encaminhados para o ossuário coletivo do cemitério.
A Divisão de Cemitérios da Secretaria de Serviços Urbanos usou dois critérios para apontar quais túmulos não estavam sendo cuidados e visitados. O primeiro deles foi o abandono físico, com a falta de limpeza. O segundo foi combinar os dados com a falta de pagamento da manutenção que deve ser feita a cada cinco anos, no valor de R$ 35,81.
O coordenador do setor responsável, Daniel Busch, acrescenta que há túmulos sem registro de visita há mais de 20 anos. Segundo ele, 60% das sepulturas abandonadas estão no Cemitério da Rua Bahia, onde será feita a primeira construção de novas gazetas.
A iniciativa vem em um momento em que apenas 10 jazigos estão disponíveis para a população, sendo todos eles no Cemitério da Rua Bahia. O projeto de reurbanização da prefeitura prevê a construção de novas gavetas a partir de fevereiro de 2011.

Desocupação de túmulos permitirá construir novos jazigos
– A nossa pretensão inicial é usar 100 destes túmulos de chão que estão abandonados para construir mais três gavetas em cima de cada um deles, totalizando 400 novas vagas – explicou Busch.

O que será feito com os outros 900 espaços que poderão ficar vagos ainda não foi definido. Busch disse que até o fim do ano será feita uma reunião para definir o destino dos túmulos. A expectativa do coordenador é de que a partir da desocupação e da reurbanização a superlotação nos cemitérios de Blumenau reduza.

A média é de 40 enterros nos espaços públicos por mês, sendo que 35 já têm jazigos da família e outros cinco ocupam as vagas que são abertas com a retirada dos restos mortais das gavetas que devem se desocupadas cinco anos depois do enterro.

Conforme Busch, também será feita campanha para que os responsáveis pelos túmulos abandonados que ainda não foram chamados voltem a cuidar dos espaços.

Esta é sem dúvida uma das formas mais eficientes de tratar da questão da super lotação das unidades cemiteriais no nosso pais, a modernização e reconstrução.

Se faz necessário contudo, rever alguns outros aspectos importantíssimos, como o custo cobrado atualmente e o prejuízo que é deixado para os munícipes pagarem por serviço que normalmente poucos usam, alem de saber por quanto tempo as reformas irão propiciar de serviços adequados até que novamente lotem.

Quanto aos preços praticados, por se tratar de taxas, paga quem utiliza, que é a forma mais justa, semelhante ao pedágio, somente vai pagar quem utilizar o serviço, não seria correto que pessoas que não possuam veículos pagar pela manutenção de estradas que não utilizam, assim é o mesmo com os cemitérios, quem utiliza deve pagar. Ocorre que normalmente os valores cobrados não são suficiente para custear as despesas fixas e variáveis do serviço, desta forma o orçamento do município destina verbas para fazer frente a alguns custos que a arrecadação das taxas não cobrem, fazendo com que todos paguem por serviços que poucos utilizam. O que deveria ocorrer é adequação dos valores frente a necessidade dos serviços e com isto a prestação adequada das obrigações da municipalidade, ou seja, cemitério limpo, murado, com vigilância, com cadastro em dia, com profissionais treinados e dentro das normas da vigilância sanitária e laboral.

O segundo ponto é relativo a reforma, a municipalidade deve ter visão para no mínimo 150 anos a frente, construindo de forma a possibilitar que estes problemas não tornem a ocorrer em tão pouco tempo.

Reformar, construir visando medidas paliativas é versar mal o dinheiro publico, cemitério é investimento que dá retorno se bem trabalhado, basta olhar a iniciativa privada.

Ao invés de construir três gavetas a mais no cemitério, por tumulo, devem-se prever prédios com quatro ou cinco andares, com cada andar cinco gavetas, isso possibilitaria transformar o terreno em área muito mais proveitosa, eliminando por longo tempo a necessidade de remodelar o cemitério, a obra pode ser feita por módulos, onde a captação de recursos podem fazer frente a necessidade de verbas, mesmo que o município invista no primeiro momento, poderá se ressarcir logo a diante.

Estamos falando em transformar 400 túmulos, com problemas de manutenção, contaminação de solo, em 10.000 túmulos, com custo baixo, arquitetura moderna, seguindo os padrões e normas sanitárias exigidas no Brasil.

Basta buscar estas alternativas, que a população não vai deixar de apoiar a municipalidade para ter serviço adequado, passando a pagar o valor justo.

Saúde e Paz

Paulo Coelho


















Nenhum comentário:

Postar um comentário

Caro Leitor, sua opinião é fundamental para o aprimoramento do nosso blog, sinta-se a vontade para opinar, sugereir, questionar, criticar e até mesmo elogiar. Participe...contribua.