quarta-feira, 12 de maio de 2010

No velório da mãe, filho morre de acidente com carro da funerária

Fonte: ai5piaui.com.br - SOUSA NETO 12/05/2010 às 4:57
O trabalhador autônomo conhecido como Manoel Davi, 59 anos, morreu em um acidente de trânsito envolvendo o carro de uma funerária que transportava o corpo da sua mãe. O fato aconteceu no povoado Olho D’Água, no município de Parnaíba, a 340 quilômetros ao Norte de Teresina.

Segundo informações prestadas pelo delegado regional de Parnaíba, Eduardo Ferreira, o motorista do carro da funerária, cujo nome não foi revelado, afirmou em depoimento que Manoel Davi lhe pediu que olhasse a distância em que se encontrava a Van que transportava os seus familiares para o velório da mãe na localidade São Domingos, no município de Luis Correia e ao olhar pelo retrovisor do veículo, perdeu o controle e o carro capotou.

No acidente, o Manoel Davi que estava no banco da frente, foi atirado para fora e ficou com metade do corpo fora do veículo. Ele foi socorrido cerca de 30 minutos depois por uma ambulância do Samu e levado para o Hospital Regional Dirceu Arcoverde, em Parnaíba, onde morreu quando recebia os primeiros cuidados médicos.

Os familiares que chegaram em seguida recuperaram o corpo da mãe da vítima e prosseguiram com o velório. O motorista nada sofreu. Algumas horas depois, o corpo de Manoel David foi examinado e liberado para o velório que aconteceu na mesma casa em que a mãe foi velada.Um inquérito foi instaurado para apurar o fato.

Os riscos de transportar famílias nos veículos fúnebre são altos, muitas vezes na necessidade de conquistar o serviço, as empresas levam até três pessoas em veículos como caminhonetes e que não possuem divisão entre o local do corpo e os passageiros.

Alem das questões sanitárias envolvidas, temos ainda a responsabilidade civil. Normalmente os veículos fúnebres não possuem seguro, por serem antigos, por ter custo elevado, mas independente do motivo, o real é que o risco de ocorrer um acidente e ocasionar morte do passageiro e mesmo do motorista, pode levar a pagamento de indenização de valores altíssimos, alem claro do desprestigio na localidade.

O correto é que no veículo fúnebre esteja apenas o decujos e o motorista, no máximo outro funcionário em casos de viagens mais longas para revezar no volante e claro que o veículo esteja coberto por seguro contra terceiros no mínimo.

Outro fato importante é cuidar que o funcionário que esta saindo para viajar não esteja de sobre hora, ou seja dentro do limite de carga horária permitida e mais de doze horas entre um plantão e outro, estas questões são fundamentais no momento de verificar as responsabilidades da causa do acidente.

O serviço de translado não tem como ser de custo baixo, uma vez que trata-se de serviço que depende de veículo especial, disponível vinte e quatro horas por dia, aspectos sanitários entre outras questões inerentes inclusive a de legalidade pois este trabalho envolve autorização da policia judiciária para o corpo sair de um município para outro.

Desta forma os valores que atualmente são praticados, são fator importante uma vez que a falta de remuneração adequada possibilita o sucateamento da frota, a utilização de motoristas cansados, ou até mesmo inexperientes, o custo do serviço de translado entre municípios onde o percurso seja de pavimento asfaltico, não poderia ser menos que R$3,20 o Km rodado, assim como em estrada sem pavimentação o custo deveria ser de R$ 5,80 o Km rodado. Desta forma um translado de 110 Km de distancia onde 100 Km é de asfalto e outros 10 Km sem pavimentação deveria ser cobrado da seguinte forma: (100 X 3,2 X 2) + (10 X 5,8 X 2) = 756,00. normalmente é cobrado a Km total independente do tipo de estrada, como se o veículo não se desgastasse mais em estrada ruim ou mesmo não consumisse mais combustível em velocidade mais baixa, alguns casos só é cobrado o Km de ida. O custo veículo por ano deve ser bem calculado, para que esta ferramenta de trabalho possa remunerar de forma adequada a empresa, o transporte é uma fonte de receita não deve ser tratado como meio para conseguir o serviço. Esta mudança de postura poderá garantir alem do retorno financeiro eficácia na gestão da empresa, minimizando riscos de processos, seja trabalhistas seja civil por acidentes.
Repensar formulas, é uma maneira de alcançar novos objetivos obtendo mais sucesso.

Saúde e Paz

Paulo Coelho

Um comentário:

  1. MUITO BOA SUA OBSERVAÇÃO, POIS EM MUITOS CASOS É SOMENTE CONTABILIZADO O VALOR DO COMBUSTIVEL E PEDAGIOS.

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