

Material de consulta e colaboração ao segmento funerário em especial, e demais ramos de atividade que buscam rever conceitos nas áreas de atendimento ao público e qualidade, tem o objetivo de facilitar a troca de informações entre os profissionais do segmento, através de debates, enquetes e contribuições de todos. Difundir noticias diversas possibilitando o acesso a informações, aumento do conhecimento e a busca do livre pensar.
ABT - Tanatopraxia
sábado, 26 de abril de 2008
Proteção e segurança no procedimento

TANATOPRAXIA - CADAVER NECROPSIADO
A falta de representativadade ativa
A falta de representatividade ativa do segmento funerário vem causando diversos atrasos para todas as empresas funerárias.
Alguns exemplos claros desta situação são demonstrados nos seguintes pontos:
Compra de veículos fúnebres sem descontos de IPI e ICMS;
Proibição do uso de barra sinalizadora em veículos fúnebres (giroflex);
Edição por parte da ANVISA da RDC 147, sem consulta as empresas do ramo;
Legislação que trata de agenciamento de cadáveres no território nacional;
Forma com que as seguradoras tratam as empresas funerárias através das plataformas de atendimento;
Lançamento de produtos por parte de seguradoras que não conhecem nosso trabalho;
Estas questões básicas que não são tratadas são muito prejudiciais para todo o segmento e estes pontos devem ser alem de discutido internamente junto aos Diretores Funerários através de fórum adequado, também uma instituição que possa representar estas mudanças necessárias, para tanto conheça a ANEF, Associação Nacional de Empresas Funerárias, que tem como objetivo defender os interesses das empresas deste ramo, acesse http://www.anef.org.br/.Este blog também irá muito fortemente trabalhar estes temas para servir de apoio a levantamentos da opinião de quem realmente importa, os donos de empresas deste setor tão importante da sociedade mas que sempre foi marginalizado.
Tanatopraxia - Somatoconservação
Descrição da Técnica de Tanatopraxia
A Somatoconservação também conhecida como Tanatopraxia é uma técnica científica utilizada mundialmente, pela qual se promove a total profilaxia do corpo e estabilização temporária de cadáveres humanos, este procedimento é realizado em laboratórios especialmente construído em empresas funerárias.
Através deste procedimento é possível o resgate da aparência saudável do falecido, oferecendo conforto aos presentes no velorio pelas questões de aparência, e segurança, do ponto de vista sanitário, além de permitir translados, velório prolongado.
Apresenta também o benefício de se eliminar bactéria fungos e vírus existentes em ambiente hospitalar aumentando a segurança de todos que venham ter contato com o cadáver. Em função de suas concentrações adequadas, e de suas características químicas, os produtos utilizados não contaminam o solo onde é sepultado e não deixa resíduos em função de sua volatilidade. O principal produto conservante é o aldeído fórmico ou formaldeído que é um subproduto da destilação de álcool metílico.
A história da Tanatopraxia começou durante a Guerra Civil americana (1861-1865), onde soldados falecidos durante as batalhas, eram embalsamados no próprio local, em acampamentos improvisados, para serem entregues aos seus familiares. O médico que mais se destacou nesta técnica, foi o Dr. Thomas H. Holmes, considerado “o pai do embalsamamento moderno”. É atribuído a ele, durante a guerra, o embalsamamento de 4.028 (quatro mil e vinte e oito) homens. No mesmo período, Holmes, desenvolveu outros fluidos de embalsamamento mais seguros, graças à experiência adquirida.
Depois da Guerra civil, o ato de embalsamar passou a ser amplamente reconhecido pela sociedade americana e em 1922, a Funeral Directors National Association of the United States (NFDA), órgão que regulamenta a atividade dos profissionais do ramo, decidiu numa tentativa de aumentar o valor agregado aos mesmos, substituir a designação “empresário do ramo funerário” para” Diretor Funerário”. Naquele mesmo ano, o Dr. C.M. Lukins, da Pulte Medical College, em Cincinnati, Ohio, estabeleceu a Cincinnati School of Embalming, uma escola especializada na arte de embalsamar, como sendo a pioneira nos Estados Unidos.
No Brasil a atividade tem aproximadamente 14 anos de existência, iniciando-se em Curitiba/PR; Botucatu/SP e Belo Horizonte/MG, e como técnica científica consiste na seguinte seqüência de procedimentos:
Mitologia e a origem do nome Tanatopraxia

Thánatos é a figura da mitologia grega que representa a morte. Contudo, a sua origem é pouco conhecida, mesmo para os que estudam ou praticam a Tanatologia. Por isso, vale a pena fazer uma revisão desta interessante história mitológica.
No princípio, era o Caos. E Caos, em grego significa o abismo insondável. Mas o Caos não é um conceito exclusivo da mitologia grega. No livro do Gênesis lemos que “no principio a terra era informe e vazia e as trevas cobriam a face do abismo”. Era o Caos primordial. Na cosmogonia egípcia, o Caos é uma energia poderosa do mundo informe e não ordenado. Na tradição chinesa, o Caos é o espaço homogêneo, anterior à criação do mundo.
Do Caos grego, nascem Gaia (a terra), Tártaro ( as regiões mais profundas) e Eros (o amor). Mas também dele nasceram Érebro (as trevas subterrâneas), e Nix (a noite, as trevas superiores).
Gaia gerou Urano que a fecundava continuamente. Deles nasceram os 12 Titãs, entre eles Crono (o tempo), os Hecatonquiros e os 3 Ciclopes. Urano porém detestava seus filhos. Revoltado contra aquela situação, Crono castrou Urano, libertando a sua mãe. Mas também Crono não gostava de seus filhos e os devorava. Um de seus filhos, Zeus, conseguiu escapar e acabou por tomar o seu poder, tornando-se o pai dos deuses e dos homens.
De Nix, nascem Éter ( o céu superior, onde a luz é mais pura) e Hemera (o dia) . Mas ela também gerou Moro (o destino), Momo (o sarcasmo), Gueras (a velhice), Éris (a discórdia) e as Moiras (o destino), que são três: Cloto (a fiandeira do fio da vida), Láquesis (sorteadora dos que vão morrer) e Átropos (a que corta o fio da vida). Gerou ainda Nêmesis (a justiça distributiva), Queres (a destruição), Hipno (o sono) e Thánatos (a morte).
Thánatos teria o coração de ferro e as entranhas de bronze.
Ele teve de enfrentar duas grandes lutas, uma com Sísifo e outra com Héracles.
Sísifo era rei de Corinto e em sua luta contra Thánatos, conseguiu vence-lo e algemá-lo. Com Thánatos preso, já não morria mais ninguém e com isso o reino do Hades (dos mortos) foi empobrecendo. Vendo isso, Zeus interveio e libertou Thánatos. Vendo-se livre, a primeira pessoa a pegar foi o próprio Sísifo.
Contudo, antes de morrer o rei de Corinto pediu a sua esposa que não lhe fizesse as cerimônias fúnebres. Assim, quando chegou ao Hades não foi aceito pois não havia passado pelos rituais adequados. Conseguiu então uma autorização para voltar ao mundo dos vivos, alegando que desejava repreender a sua mulher por não ter realizado esses rituais. Na realidade, o que pretendia era continuar vivo por mais tempo.
Descoberta a sua trama, Thánatos voltou a buscá-lo e ele foi então punido pelos deuses. Seu castigo consistia em ter que rolar, penosamente, uma pesada pedra até o alto de uma montanha. Mas, sempre que chegava perto do cume, a pedra escapulia-lhe das mãos e rolava morro abaixo. E Sísifo tinha de começar tudo outra vez. Por toda a eternidade.
A outra luta de Thánatos foi contra Héracles que batalhou contra ele para libertar a rainha de Feres, Alceste, da morte.
Tendo vencido a luta, Alceste voltou para o seu marido, o rei Admeto, mais bela do que nunca.
Thánatos é o aspecto perecível e destruidor da vida e está presente em quase todos os ritos de passagem.
Toda iniciação passa por uma fase de morte, para se poder chegar a uma vida nova. Ele extirpa as forças negativas e liberta as energias espirituais.
Como sua mãe, Nix – a noite – e seu irmão Hipno – o sono – tem o poder de regenerar. Ele não é o fim, em si, mas sim uma passagem. A morte é a porta da vida. (mors ianua vitae)
Conhecendo esta complexa narrativa mitológica, podemos entender uma série de síndromes, complexos e situações que levam o nome de figuras desta história e que, por desconhecê-la ficamos a decorar nomes sem saber o seu exato significado.
A mitologia grega é, sem dúvida, uma importante contribuição para um conhecimento mais profundo da tanatologia.
sexta-feira, 25 de abril de 2008
Quem é Paulo Coelho
