domingo, 6 de fevereiro de 2011

Londrina - 12 pessoas serão processados por "golpe da tanatopraxia"

FONTE: Agência Londrix
Ex-superintendente, 8 servidores e 3 funcionários das empresas particulares são acusados de concussão, lucro ilícito e formação de quadrilha.
O delegado Alan Flore, do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), indiciou nesta terça-feira (20) doze pessoas (e não 11, como o Portal Londrix havia informado) por supostos crimes cometidos na Administração de Cemitérios e Serviços Funerários de Londrina (Acesf) de Londrina.
O inquérito apurou a denúncia de um esquema que "empurrava" a parentes e amigos de mortos em Londrina o serviço de tanatopraxia (conservação de cadáveres) - o chamado "golpe da tanato".
Foram indiciados o ex-superintendente da Acesf, Osvaldo Moreira Neto, o plantonista Mauro Pinto Ferreira, os preparadores de corpos Claudemir Mendes e Antônio Vaz Viana. A lista inclui ainda os servidores Luis Carlos Teodoro, Ilson Marcolino Barbosa, Neio Lúcio Martins Bandeira, Geraldo Lopes da Silva Júnior e Carlos Marineli. Além deles, três representantes das empresas de tanatopraxia, que são Gefferson Martins, Osmar Camaçano Martins (da empresa Tanatorium Bom pastor) e André Luiz Maia (da empresa Tanatol).
Segundo o delegado Alan Flore, os servidores serão indiciados por concussão (extorsão praticada por agente público) e formação de quadrilha. Já quanto aos funcionários das empresas particulares, a denúncia é de que teriam auferido vantagem ilícita para a empresa. Não ficou comprovado, segundo o delegado, que eles tenham obtido vantagem pessoal.

Coação
O procedimento de conservação de cadáveres seria praticamente "empurrado" aos parentes e amigos de mortos em Londrina nos últimos anos, sob a ameaça de velórios abreviados ou com caixão fechado. Parentes de sepultados - mais de 20 até agora, de uma lista de 70 - disseram ao delegado que foram constrangidos a pagar pelo serviço, sendo levados a salas frias da Acesf para ver os mortos em situações constrangedoras e traumatizantes para pessoas que acabaram de perder um ente querido.
O procedimento é oferecido em Londrina por duas empresas particulares por valores que variam entre R$ 1.200 a R$ 1.800, até 500% superior à média cobrada em outros municípios. Um ex-funcionário de uma dessas empresas depôs ao Gaeco e afirmou que alguns servidores da Acesf recebiam até R$ 400 de propina por cada procedimento.
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Esclarecimentos
Inicio dizendo que a Tanatopraxia, diferente do que é dito, não serve apenas para prolongar velórios, através da estabilização da matéria orgânica,  e possibilitar translados longos, serve também, e este é o principal objetivo do procedimento de Tanatopraxia, a garantia da profilaxia do corpo tanto interno quanto externo.

A população deve ser orientada sobre as reais funções deste trabalho, utilizado no mundo inteiro e em especial nos Estados Unidos da América do Norte a mais de 120 anos.

Nos EUA, há regras em diversos Estados, onde de fato, o velório só pode ser realizado com urna aberta e corpo exposto se este for submetido à Tanatopraxia, pois lá diferentemente daqui, a saúde é encarada como prioridade.

No Brasil, esta questão poderia ser tratada de forma mais simples, tendo em vista que através de Legislação Federal, poderia se instituir, de norte a sul do país, regras que garantissem a salubridade das pessoas que freqüentam velórios.

Os valores dos procedimentos, como em qualquer mercado, é proporcional a quantidade, que reflete diretamente no custo do serviço, explicando isso: computando o custo para manter uma equipe, investimento em infraestrutura da sala, insumos e retorno do investimento é X, divide-se, este valor, pelo número de atendimentos mensais e pelo número de meses de retorno do investimento, que se terá o custo do procedimento, claro que tudo isso de forma muito simplificada. Assim podemos concluir que quanto menor o número de atendimento por mês, maior será o custo individual da Tanatopraxia.

Claro que isso não garante que valores exorbitantes não são aceitos, a exploração dos consumidores, ainda mais num momento de tamanha dor e consternação, o que torna o aproveitamento ainda mais desprezível.

Propina nunca é aceitável, seja no setor que for, não bastasse todos os problemas do segmento funerário com agenciamentos, DPVAT, ainda dentro da parte mais importante do serviço de uma funerária que é a preparação de corpos, não pode ser admitido, se não terminar com tais questões de imediato qual será o próximo passo?
Será trafico de cadáveres e partes para universidades de forma irregular como comércio, há de se cuidar tais questões!!!

Temos que estar vigilantes, o procedimento deve remunerar de forma digna quem trabalha e as empresas que investem, contudo, respeitando a relação comercial dentro da dignidade e nos ditames do código de defesa do consumidor.

A Associação Brasileira de Tanatopraxia esta ai para auxiliar, Municípios, Estados, Empresas e Tanatopraxistas.

Saúde e Paz



Paulo Coelho



















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