O colega Rogério ao ler o artigo de 26/4/2008, postou nesta semana, comentário no blog questionando se há curso para aspiração de corpos sem necropsia, o que buscarei esclarecer nas próximas linhas.
O procedimento de Tanatopraxia é a evolução da antiga formolização, técnica rudimentar que visava estabilizar a matéria corpórea através do uso do formaldeído em alta concentração, o que cumpria com o objetivo, mesmo prejudicando a aparência do corpo. Lembrando que apenas se injetava cerca de oito a dez litros de formaldeído em concentração próxima a vinte e cinco por cento.
A Tanatopraxia introduzida no Brasil na década de 1990, através do TANATÓLOGO Mario Lacape, veio para revolucionar a atarefa de higienização e preparação dos corpos, buscando alem da estabilização a melhora na aparência da pessoa falecida.
A Tanatopraxia divide-se em etapas distintas, a saber – profilaxia externa do corpo, movimentação de membros e partes do corpo para melhor circulação dos líquidos, abertura e introdução de local para injeção arterial, introdução de líquido conservante, drenagem de fluidos corpóreos, aspiração torácica–pélvica-abdominal e introdução de fluido especifico, suturas, tamponamento dos orifícios naturais.
Ocorre respondendo ao nosso leitor Rogério que a aspiração não é uma técnica que possa ser utilizada de forma separada, por não haver meia Tanatopraxia, este procedimento ou é feito de forma protocolar ou não é realizado.
A importância e a eficácia da Técnica esta em realizá-la de forma completa, inclusive por não ser válido buscar autorização da família para realizar uma aspiração abdominal, temos sim que executar a Tanatopraxia como ensinado nas universidades, seguindo os passos que através de comprovação cientifica da técnica a torna reconhecida no mundo inteiro.
A justificativa de procedimento de aspiração sem Tanatopraxia é irregular e ainda mais, torna-se perigosa se houver exumação do cadáver, podendo certamente ocorrer problema para a empresa funerária, por estar todos os órgãos e vísceras perfuradas.
Por tanto a recomendação é que as empresas funerárias não executem de forma separada a aspiração, inclusive por poder ocorrer problemas sérios de inchaço durante o velório tendo em vista a mistura de todo o conteúdo abdominal e torácico com sangue e fezes entre outros líquidos que deverão servir de alimentos para bactérias, que após se alimentar estarão produzindo gazes e liberando no corpo, criando enorme problema durante o velório.
A empresa funerária deve por prudência ou realizar o procedimento completo ou não fazer nada além do tamponamento.
Respondendo de forma objetiva, não há curso de aspiração e a ABT – Associação Brasileira de Tanatopraxia, não reconhece este procedimento de forma isolada.
Saúde e Paz
Paulo Coelho
Material de consulta e colaboração ao segmento funerário em especial, e demais ramos de atividade que buscam rever conceitos nas áreas de atendimento ao público e qualidade, tem o objetivo de facilitar a troca de informações entre os profissionais do segmento, através de debates, enquetes e contribuições de todos. Difundir noticias diversas possibilitando o acesso a informações, aumento do conhecimento e a busca do livre pensar.
FICO MUITO AGRADECIDO PELO ESCLARECIMENTO.TENHO O MAIOR INTERESSE DE FAZER 1 CURSO DE TANATOPRAXIA .GRATO
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