domingo, 2 de novembro de 2014

Associação Brasileira de Tanatopraxia completa 10 anos

A ABT, como é conhecida a completou em setembro 10 anos de fundação.
Criada para congregar os profissionais e empresas que atuam no segmento manipulando corpos e para garantir a melhoria frequente da técnica que nasceu nos primórdios da civilização.






Os primeiros a utilizarem a técnica, muito diferente desta que conhecemos, hoje foram os egípcios, que tinham por questões religiosas a necessidade de conservar os cadáveres.
Os como principais produtos eram os óleos, balsamos e o sal, aliados ao clima seco e temperatura elevada, garantiu a qualidade das conservações.
A técnica se destinava aos nobres, e a realeza, essa pratica era realizada pelos sacerdotes que eram educados, treinados e mantidos pelos nobres tendo essa como uma de suas principais finalidades.

Na guerra civil norte americana surge a segunda grande fase de conservação de corpos, onde a necessidade de conservar os corpos dos combatentes, para devolver para suas famílias, nessa época o principal insumo utilizado era o arsênico.
Com a descoberta do Formaldeido, menos nocivo que o anterior sua substituição foi progressiva.
Novas técnicas e químicos surgiram para propiciar melhor qualidade aos serviços, a entrada das máquinas elétricas possibilitaram serviços ainda melhores.


No Brasil, a entrada dessa técnica ocorreu no ano de 1994, através de empresários de São Paulo e Curitiba que trouxeram o Professor Mário Lacape – Guatemalteca que trouxe o primeiro curso.
Dez anos depois nascia na cidade de Porto Alegre, dentro II Congresso do Mercosul de Diretores Funerários e I Congresso de Tanatopraxia do Brasil a ABT – Associação Brasileira de Tanatopraxia.
O objetivo da ABT que vem sendo perseguido desde a sua criação é a regularização dos cursos de capacitação e a criação de curso superior.


A Tanatopraxia hoje está em quase todo o Brasil e tem aproximadamente 5 mil técnicos formados.
A Associação emite carteira de filiação e certificado de regularidade aos inscritos, difunde o código de ética da profissão e trabalha pelo aperfeiçoamento da técnica através de cursos, seminários e simpósios.

Dia de Finados

Dia de reverenciar a vida

No Brasil o dia 02 de novembro é dedicado para reverenciar a vida daqueles que foram importantes para o País, ou mesmo para a família.
Pórtico de entrada do Cemitério São Miguel e Almas - POA - RS - Brasil
Em boa parte do mundo isso também ocorre, mesmo com datas diferentes, mas sempre há uma data especial para aqueles que de uma forma ou de outra, contribuíram para a existência do mundo como conhecemos.

Na Indonésia ocorre o festival de Ma’nene. As pessoas aqui têm o costume de vestir as múmias de seus ancestrais com as roupas que usavam. Ainda na Ásia, os chineses celebram o “Ching Ming”. As famílias visitam os túmulos de seus antepassados e os enfeitam com flores. No fim do dia, todos se reúnem e realizam um piquenique no cemitério.
Na Coréia do Norte, o dia dos mortos e o de Ação de Graças são celebrados juntos, durante o “Chuseok”, um dos feriados mais importantes do país. Os coreanos agradecem aos antepassados pela fartura do ano que passou e dividem seu alimento com os parentes. Já no Japão, os mortos são homenageados no festival “Bom Odori”, que acontece entre os meses de julho e agosto. Os japoneses vão às ruas depois do pôr do sol (eles creem que os espíritos saem às ruas à noite), e dançam, tomam banhos de lama e carregam lanternas, celebrando a sabedoria dos antepassados.
No México, o “dia de los muertos” é comemorado com comidas típicas, festas, música e caveirinhas feitas de açúcar. Os mexicanos acreditam que nessa época os mortos visitam seus parentes vivos. Na nossa vizinha, Bolívia, eles só comemoram o dia de Finados na próxima sexta-feira, 9. Lá ele é chamado de “Dia das Caveiras”. Os bolivianos vestem as caveiras de seus parentes falecidos com roupas, e fazem oferendas de cigarro, folhas de coca, álcool, entre outras coisas, como agradecimento pela proteção recebida durante o ano.
No Peru, o dia dos mortos foi celebrado nesta quinta-feira, 1. Esse ano, os jovens maquiaram os rostos como caveiras e homenagearam seus antepassados durante um passeio de bicicleta, na capital do país, Lima.
No Brasil além da tradicional visitação para limpeza e colocar flores nos túmulos, as tradicionais homenagens e reflexões por parte das famílias e amigos, as empresas de Assistência que comercializam planos aproveitam para vender seus produtos, assim como os cemitérios e crematórios oferecem serviços como missas e outros voltados a assistência à saúde para fidelizar e acolher seus clientes.
O transito nessa época é transformado pelo deslocamento que ocorrem nesse dia de homenagem, a data de visitação dos cemitérios é o maior do ano, seguido do dia das mães e dia dos pais.
Mesmo que aparentemente as questões de homenagem a quem já partiu esteja cada vez menor e com a chegada dos crematórios, o que acreditam alguns que faça perder o referencial e necessidade de visitação posterior, essa pratica da visitação permanece em alta.
A homenagem aos antepassados é a forma de perpetuar as ações, reconhecendo o que foi feito e projetar o futuro, evitando erros e aperfeiçoando atos, para um futuro melhor.
Que descansem em paz todos aqueles que participaram desse mundo, rendo aqui minha homenagem, não a morte, mas sim a vida que foi vivida.   

Fonte: Correio de Alagoas (história de finados no mundo)
Cemitério São Miguel e Almas - Porto Alegre - RS - Brasil