terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

A busca pela excelência


Imagens da internet
Organizações e pessoas buscam a cada dia melhorar seus processos e rotinas.
Com início no final da década de 1980, a difusão de programas que avaliam a qualidade, a produtividade dos processos, foi sendo alvo das empresas mais arrojadas.
O objetivo desses programas seja na modalidade que for, ambiental, social ou processos, entre outros, são o aperfeiçoamento pela repetição e a melhoria continua pelo emprego de procedimentos padrões.
As grandes empresas buscam parceiros com certificação por ser mais confiável seus processos pela utilização de normas descritas e documentadas.
As avaliações podem ser internas e externas, as internas são feitas pelos próprios colaboradores da organização, onde após treinamento aplicam indicadores e medidores de índices, semelhante processo ocorre com os avaliadores externos, que são contratados pela empresa a ser certificada que aplicam questionários de avaliação.
Quem recebe tais certificados passa a ostentar esses títulos como diferencial dentro daquele modelo, mostrando para seus clientes e mercado que essa organização é diferenciada.
A lisura do processo, na maior parte das vezes é confiável, mas não impede que haja certificação que não correspondem à realidade, uma vez que o papel aceita tudo, como bem sabemos.
Processos gerenciais por exemplo, levam em conta desde os fornecedores até a forma do descarte do material utilizado, passando pelo atendimento aos clientes internos e externos. Significa dizer que a compra de material deve ser avaliado, assim como o que se faz com o que sobra, mas o pagamento dos fornecedores em dia, também faz parte da avaliação, o recolhimento do FGTS dos funcionários, o pagamento por fora ou até a chamada marreta, muito utilizada em certos segmentos, onde o funcionário recebia 50% do valor majorado, seguindo pelas compras de produtos sem nota fiscal, contratação irregular de mão de obra e por ai vai...
Claro que o avaliador externo não tem como verificar certas questões, se essas forem escondidas, mas como o objetivo mais importante para a instituição avaliada não é o certificado, que é uma consequência, mas sim o aprimoramento dos processos, mas alguns não entendem muito bem, buscando mais o “parecer ser”, do que ao invés disso o “SER”.
As organizações que utilizam o sistema de avaliação apenas com esse objetivo, de mostrar o que não é, rapidamente são descobertos, pois deixam rastros de incompetência em seus processos, no segmento funerário vai desde a compra sem critério até a troca de cadáveres, enquanto as empresas que investem no aprimoramento dos processos estão fadadas ao sucesso, não que essas não possam ter problemas, inclusive financeiros, mas certamente poderão avaliar e corrigir suas rotas mais facilmente, por conhecer mais profundamente seus processos, gargalos, pontos fortes e fracos entre outros fatores.
Lembro que no passado, enquanto Presidente de entidades de classe patronal, que algumas organizações solicitavam declarações de probidade, como se fosse uma espécie de “ISO declaratório”, o que por falta de certificação setorial, apresentávamos a ausência de reclamação, principalmente no meio das prestadoras de serviços de Assistência, as chamadas Plataformas, que ao longo do tempo muitos problemas de pagamentos as funerárias se amontoavam.
As organizações que realmente são sérias e idôneas, cobram não apenas gestão da empresa, mas também de seus encarregados, gerentes, diretores, sócios e controladores, tais atitudes, onde a dívida de um funcionário ou um diretor, significa pontos desfavoráveis a própria organização.
A má gestão da vida financeira particular irá repercutir de forma negativa dentro da organização e cabe a empresa a auxiliar seu colaborador a se organizar e sair desse problema, claro que, quando isso não é causado pela própria empresa por atrasos no salário...
Por mais de 15 anos fui diretor de uma empresa do segmento funerário e as dificuldades financeiras foram muitas, fornecedores receberam com atraso, mas sempre todos receberam, mas me orgulho de nunca os colaboradores deixaram de receberam em dia, podia atrasar aluguel, imposto entre outros, mas as famílias que dependiam da empresa, essas estavam resguardadas, e ao sair do segmento, não existia nenhuma dívida a ser quitada, inclusive as trabalhistas. O administrador de verdade, é aquele que administra o vermelho, pois o azul é para qualquer cabeça de bagre...
Assim dentro dos processos de qualidade, mesmo após os certificados pendurados na parede, cabe a organização manter e aprimora-los, e isso quando levado a sério, é muito mais difícil que conquistar.
Parabéns a todas as organizações que investem verdadeiramente nas certificações e cumprem com verdade os processos.
Saúde e Paz
 
Paulo Coelho