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Organizações e pessoas buscam a cada dia melhorar seus
processos e rotinas.
Com início no final da década de 1980, a difusão de
programas que avaliam a qualidade, a produtividade dos processos, foi sendo
alvo das empresas mais arrojadas.
O objetivo desses programas seja na modalidade que for,
ambiental, social ou processos, entre outros, são o aperfeiçoamento pela
repetição e a melhoria continua pelo emprego de procedimentos padrões.
As grandes empresas buscam parceiros com certificação por
ser mais confiável seus processos pela utilização de normas descritas e
documentadas.
As avaliações podem ser internas e externas, as internas são
feitas pelos próprios colaboradores da organização, onde após treinamento
aplicam indicadores e medidores de índices, semelhante processo ocorre com os
avaliadores externos, que são contratados pela empresa a ser certificada que
aplicam questionários de avaliação.
Quem recebe tais certificados passa a ostentar esses títulos
como diferencial dentro daquele modelo, mostrando para seus clientes e mercado
que essa organização é diferenciada.
A lisura do processo, na maior parte das vezes é confiável,
mas não impede que haja certificação que não correspondem à realidade, uma vez
que o papel aceita tudo, como bem sabemos.
Processos gerenciais por exemplo, levam em conta desde os
fornecedores até a forma do descarte do material utilizado, passando pelo
atendimento aos clientes internos e externos. Significa dizer que a compra de
material deve ser avaliado, assim como o que se faz com o que sobra, mas o
pagamento dos fornecedores em dia, também faz parte da avaliação, o
recolhimento do FGTS dos funcionários, o pagamento por fora ou até a chamada
marreta, muito utilizada em certos segmentos, onde o funcionário recebia 50% do
valor majorado, seguindo pelas compras de produtos sem nota fiscal, contratação
irregular de mão de obra e por ai vai...
Claro que o avaliador externo não tem como verificar certas questões,
se essas forem escondidas, mas como o objetivo mais importante para a instituição
avaliada não é o certificado, que é uma consequência, mas sim o aprimoramento
dos processos, mas alguns não entendem muito bem, buscando mais o “parecer ser”,
do que ao invés disso o “SER”.
As organizações que utilizam o sistema de avaliação apenas
com esse objetivo, de mostrar o que não é, rapidamente são descobertos, pois
deixam rastros de incompetência em seus processos, no segmento funerário vai
desde a compra sem critério até a troca de cadáveres, enquanto as empresas que
investem no aprimoramento dos processos estão fadadas ao sucesso, não que essas
não possam ter problemas, inclusive financeiros, mas certamente poderão avaliar
e corrigir suas rotas mais facilmente, por conhecer mais profundamente seus
processos, gargalos, pontos fortes e fracos entre outros fatores.
Lembro que no passado, enquanto Presidente de entidades de
classe patronal, que algumas organizações solicitavam declarações de probidade,
como se fosse uma espécie de “ISO declaratório”, o que por falta de certificação
setorial, apresentávamos a ausência de reclamação, principalmente no meio das
prestadoras de serviços de Assistência, as chamadas Plataformas, que ao longo
do tempo muitos problemas de pagamentos as funerárias se amontoavam.
As organizações que realmente são sérias e idôneas, cobram
não apenas gestão da empresa, mas também de seus encarregados, gerentes,
diretores, sócios e controladores, tais atitudes, onde a dívida de um
funcionário ou um diretor, significa pontos desfavoráveis a própria
organização.
A má gestão da vida financeira particular irá repercutir de
forma negativa dentro da organização e cabe a empresa a auxiliar seu
colaborador a se organizar e sair desse problema, claro que, quando isso não é
causado pela própria empresa por atrasos no salário...
Por mais de 15 anos fui diretor de uma empresa do segmento
funerário e as dificuldades financeiras foram muitas, fornecedores receberam
com atraso, mas sempre todos receberam, mas me orgulho de nunca os
colaboradores deixaram de receberam em dia, podia atrasar aluguel, imposto
entre outros, mas as famílias que dependiam da empresa, essas estavam
resguardadas, e ao sair do segmento, não existia nenhuma dívida a ser quitada,
inclusive as trabalhistas. O administrador de verdade, é aquele que administra
o vermelho, pois o azul é para qualquer cabeça de bagre...
Assim dentro dos processos de qualidade, mesmo após os
certificados pendurados na parede, cabe a organização manter e aprimora-los, e
isso quando levado a sério, é muito mais difícil que conquistar.
Parabéns a todas as organizações que investem verdadeiramente
nas certificações e cumprem com verdade os processos.
Saúde e Paz
Paulo
Coelho