quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O risco de Tuberculose em profissionais de necropsia e tanatopraxia


Fonte: Publicado em 25 de janeiro de 2011 por ziipe
Biossegurança na area de necropsia e pós-necropsia
A proteção da saúde do trabalhador fundamentava-se basicamente na Lei Federal 6514 de 22/12/1977 (que alterou o capítulo V, título II da Consolidação das Leis do Trabalho aprovada pelo Decreto Lei 54522 de 1/5/1943). Mais recentemente, tem sido motivo de preocupação e discussão nas várias esferas governamentais, encontrando amparo em legislações específicas: a Lei Orgânica da Saúde (Lei 8080 de 19/9/1990) cita textualmente a saúde do trabalhador no âmbito do Sistema Unificado de Saúde (SUS) em seu art. 6º, parágrafo 3º.
A doença proveniente de contaminação acidental do empregado, no exercício de sua atividade, é prevista em lei. Ex.: se um funcionário de hospital, responsável pela triagem de pacientes, entre eles portadores de doenças infecto-contagiosas, eventualmente contrair tuberculose, a hipótese estará coberta pelo seguro infortunístico, ou seja, presume-se que a tuberculose tenha sido adquirida no hospital ou serviço de saúde e o profissional terá direito aos benefícios previstos em lei.
Mycobacterium tuberculosis, ou bacilo de Koch, é a bactéria que provoca a maioria dos casos de tuberculose. Foi descrita pela primeira vez em 24 de março de 1882 por Robert Koch.

Ela é uma micobactéria BAAR (bactéria álcool ácido resistente), parasita intracelular, aeróbia obrigatória, que se divide a cada 16-20 horas. Este é um tempo relativamente longo comparado a outras bactérias que normalmente tem suas divisões contadas em minutos Ela é um pequeno bacilo, fino e encurvado, imóvel, em forma de bastão que pode resistir a desinfetantes fracos e ao ácido gástrico e pode sobreviver em estado latente por semanas e apenas consegue se desenvolver quando se hospeda num organismo.

Como surge esta via de transmissão. Ocorre pelo ar, com aerossóis de particulas liquidas ou solidas em suspensão aérea. Estas suspensões podem conter microorganismos da tuberculose e outros mais. Estes poderão ser inalados no tranalho forense ou nos cuidados pós-necropsia como embalsamamento.

Estudos recentes apontam que durante o acompanhamento de uma necrópsia o risco de infecção não deve ser subestimado. Na sala de necropsia existem restos biológicos como sangue e fraguimentos de vísceras que ficam impregnados em cantos da sala e de materiais usados.

De fato, há relatos tanto da presença do M. tuberculosis, ainda viável, em vários pontos da sala de necropsia após 24 horas (para revisão vide Burton JL).
Existem episódios de infecção após a exposição, por 10 minutos, a um cadáver.
Mesmo cadáveres embalsamados podem apresentar o M. tuberculosis viável por até 60 horas após o embalsamento.
O embalsamador é mais em risco da sala de embalsamamento para a criação de aerossóis no ambiente, porque a bactéria que causa a tuberculose é aeróbio no ar. As partículas criadas facilmente por restos humanos. A simples expulsão de ar ou ventilação pode criar partículas poderoso aeróbio suficiente para impulsionar a TB ao ar ambiente. Por embalsamamento elchapoteo criado quando o esvazia drenam para o dreno é a principal causa de bactérias aeróbias no vestiário.

Segundo o New England Journal ofMedicine relata que um agente funerário embalsamado contraiu Tberculose com um caso de HIV / TB positiva apenas com a respiração aeróbia. Possivelmente sem uso devido de EPIs(equipamentos de proteção individual).
A probabilidade de transmissão da tuberculose depende de vários fatores: o nível de contaminação da fonte, a intensidade da exposição a essa fonte e do ambiente em que ocorreu a exposição.

Um germe resistente da tuberculose.
A bactéria da tuberculose tem sido isolado em vários lugares em um anfiteatro de 24 depois da necrópsia.
A prevenção esta no uso de EPIs, higienização dos materiais, limpeza constante da sala de necropsia e ou tanatopraxia.

Com base nestas informações podemos afirmar que se há risco para os profissionais do segmento funerário que trabalham paramentados com EPI’s, sala adequada, controle de temperatura, ainda assim estão sujeitos a doenças, imagine o que pode ocorrer com os corpos expostos nos velórios sem a desinfecção adequada, onde muitas pessoas passam pelo velório para se despedir e levam para casa muito mais que saudade e recordações, levam doenças infecciosas.

A responsabilidade sobre este serviço adequado é do Estado mas em última análise do Diretor funerário que cumprindo com seu papel de forma adequada minimiza os riscos desta possibilidade de contaminação.

Mas como pode o vírus do TB ser transmitido se não há troca gasosa (respiração) após a morte, a explicação é simples, pode ser expelido de duas formas, ao movimentar o corpo de maneira natural ao pegar pelos braços infla-se os pulmões e ao lagar este ar é expulso jogando no ambiente o que contiver nos pulmões; a outra forma é através da pressão exercida pelos órgão e vísceras onde através da formação de gases os pulmões vão sendo comprimidos e expulsando o ar contaminado para o ambiente.

Desta maneira a forma mais apropriada para proteção das famílias, dos funcionários é durante a preparação de corpos, alem da utilização de EPI’s, ter a sala climatizada em temperatura na faixa de 18ºC, utilizar líquidos de Tanatopraxia eficazes para a o “mister”, técnica reconhecida e eficaz, e não utilizar a urna de remoção a mesma que será utilizada no velório.
A urna de remoção deve ser higienizada toda vez que for feita remoção com bactericida e germicida que possibilitem a eliminação de vírus e bactérias.

Quem disse que ser Funerário era fácil, a cada dia esta mais profissional este trabalho.

Quem quiser saber melhor como funciona uma empresa completa, onde todos os preceitos de legalidade e segurança funcionam, sugiro que contatem a Funerária São Pedro da cidade de Porto Alegre, onde foi recentemente inaugurada ETE – Estação Tratamento de Efluentes, alem dos mais eficazes produtos, sala e materiais de EPI’s.

Saúde e Paz






Paulo Coelho

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Tanatopraxia, RestBox, Psicologia do Luto

Em cidades onde o número de óbitos não ultrapassa vinte ou trinta ao mês, e em três dias ocorrem mais de 600, o que fazer e como fazer?
Este é o problema que enfrentam as empresas funerárias das cidades de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis, na serra do Rio de Janeiro.
Os cemitérios que normalmente ficam em locais altos, podem não sofrer com alagamento, mas as águas passam por este terreno levando tudo que houver pela frente.

Nesta situação as empresas funerárias normalmente têm seus estoques também atingidos pela inundação, inutilizando o material.
Os cemitérios não podem receber corpos para sepultamento, devido aos problemas estruturais.
O IML que atende nestas localidades não mais que meia dúzia de necropsias, recebem mais de seis centenas de corpos, sem possibilidades de realizar os exames em virtude a decomposição dos corpos, dificultando ainda mais a identificação dos falecidos.
Os problemas todos conhecidos e amplamente divulgado pela mídia, mas e as soluções?
Conservação de corpos é o passo inicial, nestas questões a Tanatopraxia pode ser a solução, que garante a estabilização da matéria corpórea por até quarenta e cinco dias, possibilitando aliviar o serviço do IML, permitindo que o reconhecimento e o sepultamento ocorram após a reorganização dos cemitérios.

Em relação à quantidade de urnas funerárias a melhor opção para catástrofes as urnas ecológicas, a melhor que conheço no mercado é a RESTBOX, fabricado na Argentina, que garante alem de resistência, pequeno espaço para armazenagem, ainda facilidade de manuseio e rápida montagem e o mais importante biodegradável.
Outro trabalho fundamental é sem dúvida nenhuma o tratamento às famílias e moradores que sofreram com estas catástrofe, como ocorreram com a plataforma P33, TAM e GOL, e neste trabalho o grupo mais indicado é o Instituto 4 Estações de São Paulo, formado por profissionais em Psicologia com especilidade em perda e luto.
Esta mostra que o segmento funerário e parceiros estão prontos para atuar também em caso como este do Rio de Janeiro, até porque a missão das empresas funerárias é trabalhar sob pressão e de forma emergencial.
Força a população da Serra Carioca e aos colegas desta região que trabalham mesmo sofrendo a dor da perda de seus familiares e amigos.

Saúde e Paz






Paulo Coelho

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Novo modelo de Certidão de óbitos, nascimento e casamento entram em vigor

A Casa da Moeda do Brasil, em parceria com a Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Ministério da Justiça, padronizam a partir desta quarta-feira (05/01) certidões de nascimento, casamento e óbito no Brasil. Os documentos serão confeccionados em papel especial com marca d’água, microletras, e a impressão será feita pelo mesmo processo das cédulas de dinheiro que aumenta a segurança contra falsificações.


Os funcionários dos cartórios de todo o país passarão por cursos de capacitação e a instituição receberá um kit com computador, sistema de impressão para emitir documentos e uma certificação digital da Casa da Moeda. O objetivo é unificar todas as certidões do país e evitar a falsificação.

“Os elementos que passam a existir nas certidões são importantes para garantir a cidadania das pessoas e são as mais seguras do mundo, por motivo de incorporar cédulas que evitam a falsificação”, ressaltou Luís Felipe Denucci, presidente da Casa da Moeda do Brasil.

O formulário para preenchimento das certidões que sairá da Casa da Moeda será único e terá uma numeração. Os cartórios definem a finalidade do formulário e a numeração, que também serão controlados pelo Ministério da Justiça e CNJ.

Toda evolução é bem vinda, mas resta saber a que custo isso se dará à população, ainda mais se custeado com dinheiro público que é retirado dos impostos pagos por toda população.

A segurança nestes documento é sem dúvida fundamental para evitar fraudes, contudo não é a única forma de diminuir estes riscos através da impressão dos documentos – Certidão de Óbito, Nascimento e Casamento - em papel moeda, ou os formulários que geram tais documentos – Declaração de Óbito – no mesmo tipo de papel; já a criação de número único padrão para todos os cartórios é o tipo de medida eficaz, que se aliada, a outras como informatização do sistema de banco de dados poderia ser mais eficaz, com custo mais baixo e com a possibilidade de levantamentos estatísticos e melhor compreensão do que ocorre e como ocorre os óbitos no País.

Outra e a maior possibilidade esta ligada ao término de fraudes em relação a aposentadorias e pensões, fraudes eleitorais entre outras, que através de sistema de banco de dados, ao ser preenchido pelo médico a Declaração de Óbito em sistema próprio do CNJ (ou outro - SERPRO),  o cartório acessaria via sistema todos os dados digitados para completar com sua parte e emitir o documento quando a família chegasse para o registro, com chave de verificação semelhante a certidões da receita federal, por exemplo; com este procedimento concluído pelo cartório de registro civil, estaria a disposição do INSS, TSE, Receita Federal, e demais órgãos afins.
Todo Cartório de Registro Civil, poderia e teria acesso as informações de Certidões, facilitando para a população o acesso a estes documentos, que devido a fache verificadora, não necessitaria mais ter prazo de validade, pois ao acessar a chave seria verificado a autenticidade, validade ou caducidade do documento apresentado.
Evidente que a venda de papel especial, computadores e outros suprimentos não poderiam ser realizados, mas a segurança para o sistema e as fraudes financeiras que habitualmente ocorrem.

Acredito que a mudança é positiva, contudo haveria outras possibilidades mais eficientes e menos custosas.

Saúde e Paz



Paulo Coelho